Homem com H tem que ser visto e ouvido

Denise Correa • August 25, 2025

Jesuíta Barbosa está excelente. O filme nos conduz pela trajetória do Ney de um jeito tão sincero, como ele sempre me pareceu ser. Sou fã desde menina, e já levei minha tia (hoje com 87 anos) pra vê-lo.

Foto MARAVILHOSA do Lucas Ramos/Divulgação.


Olá! Esse é o meu primeiro post aqui no nosso site. Sim, sou uma das integrantes da LOCs & PODs & PRODs, mais voltada para o PODs. E peço licença para republicar um dos textos da minha newsletter Bacanérrimas no Substack, do podcast que protagonizo ao lado da Helena Santos (a LOCs daqui) e da Alessandra Castanho. Lá, falamos de cinema, televisão e música. E aqui trago minhas impressões sobre esse filme. Espero que gostem. Segue...


Tinha uma padaria meio caída na minha rua. Em Santa Cecília ou Vila Buarque, pode escolher. Os dois bairros se aplicam a minha rua. E mesmo achando o ambiente meio deprimente, padaria é padaria, né? E, já que era na minha rua, vez ou outra, ia tomar um café ou comprar um pão. Nada tão bom quanto nas outras padarias dos arredores. Todas de grife, caras e muitooooo boas. Mas eis que num dia de café, o Jesuíta Barbosa entra, pede um café também e senta numa mesa próxima. Não tive dúvida, fã que já sou dele faz tempo, especialmente depois de vê-lo em “Onde nascem os fortes”, brilhante. Simpático, apesar de sério, me deixa tietá-lo com uma selfie e me conta que está filmando sob a direção do Esmir Filho a história do Ney. UAU, digo eu. Já tinha lido sobre, mas ouvir dele ali foi emocionante. Ainda mais eu, fãzona do Ney e dele.

Minha tia Inês sempre adorou o Ney. E naquele tempo, há uns trinta anos mais ou menos, ser jornalista significava receber convites de assessorias de imprensa para teatro, cinema e shows. Muitos shows. Toda semana eu tinha no mínimo dois shows pra assistir. E com acompanhante. Fui ver o Ney três vezes, e em uma delas, levei a tia Inês. Hoje com 87 anos, continua fã. Eu mais ainda.


A TRILHA SONORA

O tempo em que a AIDS levou tanta gente boa e inocente doeu em mim ao ser retratado em “Homem com H”. Mas quem me conhece, sabe. Sou bem “Poliana” e não gosto de reforçar o triste da vida, mesmo que seja inevitável.

Chover no molhado é dizer que as músicas do filme são momentos emocionantes, né? Afinal, assim como os docs da Rita Lee, sobre os quais pretendo discorrer por aqui em outra ocasião, elas me fazem lembrar de momentos da minha vida bem marcantes.

Vamos a elas… Dessa vez, não montei uma playlist bacanérrima. Fui numa pública que aprovei com louvor.

Em tempo: aquela padaria na minha rua fechou. Está em reforma e parece que vão abrir alguma outra. É esperar pra ver… e torcer pra encontrar o vizinho ilustre novamente. Teve uma noite que, chegando cansada do trabalho, subi a escada do meu predinho sem elevador e vi o Jesuíta fazendo yoga no estúdio que fica no primeira andar, bem embaixo do nosso apê.

E outra noite, atravessando a rua, cruzei com ele também, de óculos redondinho, estiloso. Já mandei mensagem no Instagram querendo entevistá-lo, mas não tive resposta. OK, entendo.


Aqui abaixo ‘nossa’ foto. Eu estava diferente do que estou hoje, mas não posso perder a chance de registrar aqui esse encontro.

Beijos, e lembre-se: quero muito seu comentário, crítica, sugestão, oi, beijos, abraços, o que quiser me enviar, tá?

Denise Correa, a bacanérrima (e PODs) que não desiste de escrever, editar, gravar etc e tal.

Por Denise Correa 29 de setembro de 2025
Aqui Denise Correa, uma das 'Bacanérrimas" (podcast que tem sua primeira temporada publicada na podosfera, com três cinéfilas - incluindo a Helena Santos, também da LOCs). Eu, por enquanto, sou a única que pinga com textos na newsletter lá no Substack (já assinou? É grátis!) e que reproduz alguns desses escritos por aqui. É que eu amo escrever, comunicar. E também AMO a produção do Kleber Mendonça Filho e a obra do Wagner Moura...